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Músicos da OSPA vencem Prêmio Açorianos de Música 2020

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crédito: Luciano Lanes/PMPA

Diego Grendene de Souza e José Milton Vieira se destacaram numa das mais relevantes láureas artísticas do Rio Grande do Sul

Os trabalhos de dois músicos da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA) foram reconhecidos pelo Prêmio Açorianos de Música 2020 – uma das distinções artísticas mais relevantes do Rio Grande do Sul. Em meio à pandemia do coronavírus, o clarinetista Diego Grendene de Souza e o trombonista José Milton Vieira tiveram suas produções autorais aclamadas em uma cerimônia online e sem público. O evento foi promovido pela Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre em parceria com a Pró-Reitoria de Extensão da UFRGS.

Há pouco mais de duas décadas e meia na Orquestra, Grendene é graduado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e realizou cursos de aperfeiçoamento na Universidade da Georgia, nos EUA, em Nice, na França, além de acumular uma vasta experiência camerística e orquestral. O músico, que também é diretor da Escola da OSPA – Conservatório Pablo Komlós, foi premiado na categoria Instrumentista Erudito, em virtude do disco O Clarinete na obra de Bruno Kiefer.

‘Sinto-me muito feliz em receber este prêmio, não apenas como instrumentista, mas também pelo fato de o meu CD ser dedicado à obra de Bruno Kiefer, um dos nossos maiores compositores. Conheci Kiefer pessoalmente. Ele teve um papel importante no início da minha formação, e sua presença tem me acompanhado durante minha carreira. Além de compositor, ele foi também flautista e um dos fundadores da OSPA, orquestra na qual atuo há 26 anos. Por último gostaria de destacar a importância da realização de eventos como o Prêmio Açorianos, especialmente neste ano de pandemia, no qual a arte tem mostrado o papel preponderante que tem na vida de todos’’, revela.

Multipremiado em competições do mundo todo, por sua vez, Vieira atua há 20 anos como trombonista e é professor da Escola da OSPA. Especializou-se nos Estados Unidos e conta com um prolífico repertório, que busca representar a música no século 21. Esse objetivo resultou no disco Plural, que foi agraciado pelo Açorianos nas categorias Disco Erudito e Revelação Erudita. 

O instrumentista afirma que ‘‘a obra é uma realização de sete anos de pesquisa e de trabalho. É quase um resumo da minha própria história contada por meio de outras pessoas, que são os compositores que escreveram as peças. Meu gosto está todo ali. A obra tem como ideia central que a música de concerto vá ao encontro da música popular, a partir da mistura, da poliestilística musical. Esse reconhecimento foi algo inesperado e que dá uma sensação de esperança, do ponto de vista cultural’’. 

OSPA - Orquestra Sinfônica de Porto Alegre