Felix Mendelssohn – As Hébridas
Mendelssohn (1809-1847) esteve na vanguarda da música germânica em sua época. Começou seus estudos musicais aos sete anos de idade e, através de viagens, aprofundou seus conhecimentos. Quando completou 20 anos, foi à Inglaterra, à Escócia, à Itália e à França. Na Escócia, conheceu um lugar que veio a inspirar e nomear a composição “As Hébridas”. Trata-se de um arquipélago na costa oeste do país que abriga a Gruta de Fingal, famosa por suas coloridas colunas de basalto no mar. Mendelssohn definiu-as como “o mais refinado objeto da natureza”. A estreia da obra ocorreu em 1832, em Londres.
Ney Rosauro – Concerto nº 2 para Vibrafone e Orquestra
Passados 15 anos da última apresentação de Ney Rosauro com a Ospa, o percussionista e compositor retorna a Porto Alegre para apresentar seu “Concerto nº 2 para Vibrafone e Orquestra”, estreado neste ano pela Orquestra Sinfônica da Unicamp. Trata-se de uma obra escrita entre 2014 e 2015 que explora uma variedade de técnicas especializadas da percussão e incorpora elementos pouco comuns. O espírito da peça está representado no título do primeiro movimento, “The Roots”, já que algumas das ideias, temas e passagens harmônicas são desenhadas a partir de obras iniciais e inéditas da carreira do compositor.
Ludwig van Beethoven – Sinfonia nº 8
Beethoven (1771-1827), um dos pilares da tradição da música de concerto, escreveu suas sinfonias em idade já avançada para a época. A primeira veio aos 29 anos de idade. Começou a esboçar a “Sinfonia nº 8” em 1811, enquanto ainda escrevia a sua sétima sinfonia, e regeu sua estreia em 1814 em Viena – na época, ele já era acometido pelo avanço da surdez. Acostumado com as sinfonias grandiosas do compositor, o público de então não recebeu a obra com entusiasmo. Porém, com o passar do tempo, a composição se consagrou pela riqueza dos detalhes de cada movimento.