Dmitri Shostakovich
Célebre compositor e pianista da Rússia, Shostakovich (1906-1975) foi um músico versátil. Dedicou-se a temas patrióticos ao mesmo tempo em que ousou na utilização de formas vanguardistas, harmonias audaciosas e linguagem sarcástica. Seu legado inclui sinfonias, óperas, música para teatro e concertos, entre outros gêneros.
Sua “Abertura Festiva”, de 1954, foi escrita por encomenda do Teatro Bolshoi para um concerto em que seria comemorado o aniversário da Revolução de Outubro.
Aaron Copland
Copland (1900-1990) preocupou-se em criar uma linguagem genuinamente norte-americana dentro da tradição da música de concerto. Contribuiu, também, para a difusão da música moderna, apresentando a vanguarda europeia ao seu país. Escreveu o “Concerto para Clarinete” a pedido do clarinetista de jazz Benny Goodman entre 1947 e 1949. Começou-o na América Latina, quando estava em turnê. Elementos do jazz e até mesmo da música brasileira estão presentes na obra, que se estabeleceu como um belo exemplar do rico vocabulário musical de Copland.
Piotr Iliych Tchaikovsky
O russo Tchaikovsky (1840-1893) teve na Literatura uma de suas principais fontes de inspiração. Seu poema sinfônico “Francesca da Rimini”, de 1876, baseia-se em uma das personagens históricas retratadas por Dante Alighieri no Inferno de “A Divina Comédia”. Condenada a girar em uma eterna tempestade de vento abraçada com seu amante, Francesca conta sua trajetória a Dante no círculo do inferno destinado aos adúlteros. A estreia da monumental composição de Tchaikovsky foi regida por Nikolai Rubinstein.
George Gershwin
Com o sucesso de sua “Rhapsody in Blue”, Gershwin (1898-1937) ficou conhecido como o homem que levou o jazz para as salas de concerto. Compôs “Um Americano em Paris” em 1928. Segundo as suas notas, seu objetivo com a obra era “retratar a impressão de um visitante americano em Paris enquanto ele passeia pela cidade e ouve vários ruídos de rua”. Para reproduzir essa atmosfera, levou buzinas de taxis parisienses para a estreia da composição em Nova Iorque. Em 1951, um musical homônimo estrelado por Gene Kelly foi filmado com obras de Gershwin na sua trilha sonora.