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Ospa encerra o ano de 2018 com conquistas históricas

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Crédito: Maí Yandara

Com a Temporada Artística 2018 cumprida, a orquestra celebra um ano marcado por grandes êxitos, como a inauguração da Casa da Música da Ospa, a transferência da sede da Escola de Música para o Palacete Santo Meneghetti, a gravação de um CD e a permanência do maestro Evandro Matté na direção artística da sinfônica.

Em 2018, a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa) completou 68 anos de história. Orquestra mais antiga do Brasil em atividades ininterruptas, a sinfônica celebra o encerramento da Temporada Artística 2018 com a sensação de missão cumprida: realizou uma qualificada agenda de concertos ao longo do ano, inaugurou a Casa da Música da Ospa — o primeiro espaço próprio da orquestra até hoje, transferiu a sede da Escola de Música da Ospa para o prédio histórico do Palacete Santo Meneghetti, gravou um CD depois de quase 20 anos sem produzir registros fonográficos, tornou-se mais presente no interior do Estado e participou do Festival de Inverno de Campos do Jordão, na Sala São Paulo. Com a perspectiva de iniciar a Temporada 2019 sob a coordenação do maestro Evandro Matté, que foi convidado recentemente pela futura Secretária de Cultura do Estado, Beatriz Araujo, para permanecer na direção artística da sinfônica, a Ospa comemora as realizações e anuncia os novos planos. Matté, que ocupa o cargo de diretor artístico da Ospa desde 2015, aliou em sua coordenação habilidades musicais e administrativas e contribuiu conjuntamente com os Presidentes Dr. Ivo Nesralla e Luís Roberto Ponte, além de toda a equipe administrativa e músicos para que a orquestra se desenvolvesse de forma singular neste período. “Nesses quatro anos, conseguimos resolver demandas históricas da Ospa. Nós não tínhamos casa, não tínhamos um espaço adequado para o trabalho. A Casa da Música da Ospa hoje possui uma estrutura que contempla o que a Ospa precisa. Entregamos a Sala de Concertos, numa condição boa e adequada do ponto de vista técnico, acústico, de frequência de público. Porém, o projeto é muito maior”, conta ele. As últimas etapas da Casa da Música da Ospa, sediada no Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF), incluem a ampliação de 800 metros quadrados no espaço, salas de ensaio e de estudo, nova sala para o Coro Sinfônico e para a Ospa Jovem, uma sala de recitais de música de câmara, banheiros novos, um café e restaurante, elevadores e estacionamento interno e externo. A finalização do complexo musical contempla também a vinda da administração da Ospa para o local, assim como a realocação da Musicoteca, estrutura onde estão guardadas as partituras da orquestra. Para viabilizar a conclusão do projeto, os acordos de patrocínio estão mantidos para o próximo ano e estão ativas as campanhas de financiamento coletivo e de doação reunidas na iniciativa “Faça parte desta história”. Através delas, todos os apreciadores da orquestra podem fazer contribuições financeiras diretas e, assim, ajudar a Ospa a levantar o valor necessário para as obras. Como recompensas, os colaboradores podem ter desde o seu nome no painel de doadores, que será instalado no saguão da Casa da Música da Ospa, até uma placa em uma das poltronas da Sala de Concertos e passaportes para a agenda de apresentações no local. Mais informações estão disponíveis em ospa.org.br.

Os convidados

 O time de maestros e solistas que dividiram o palco com a Ospa ao longo do ano contou com 81 nomes, incluindo 23 internacionais. Foram 24 os maestros que estiveram à frente da orquestra, e 57 os solistas convidados. Regentes como Julian Kuerti (Canadá), Richard Rosenberg (Estados Unidos), Victor Hugo Toro (Chile), Walter Hilgers (Alemanha), Delta David Gier (Estados Unidos), Jonas Alber (Alemanha) e Martin Jorge (Uruguai), estrearam na condução da Ospa. Entre os solistas, instrumentistas premiados como o pianista Cristian Budu (Brasil), a flautista Adriana Ferreira (Portugal), o violista Walter Küssner (Alemanha), a pianista Olinda Allessandrini (Brasil), o trombonista György Gyivicsan (Hungria), o violinista Nicolas Koeckert (Alemanha), o trompista Luca Benucci (Itália) e o quarteto argentino Bayres Horns arrancaram aplausos dos porto-alegrenses, sem contar os músicos da Ospa que também fizeram solos.

Os grandes espetáculos

Além dos concertos que marcaram a inauguração da Casa da Música da Ospa nos dias 24 e 25 de março, a Ospa realizou grandiosos espetáculos ao longo da Temporada Artística de 2018. Uma nova série de concertos foi estreada: a Série Pablo Komlós, que abarca as apresentações que ocorrem no espaço próprio da orquestra e que foi nomeada em homenagem ao maestro húngaro e fundador da Ospa. Dentro da Série Araújo Vianna, exibições inéditas ganharam destaque, cada uma com alguma atração especial. A primeira levou ao público uma seleção de música instrumental feita por compositores gaúchos contemporâneos e colocou a orquestra no mesmo palco de James Liberato, Bebê Kramer e o Quartchêto. O seguinte promoveu a fusão memorável entre a música da sinfônica o universo de “Tangos e Tragédias”, criado Hique Gomez e Nico Nicolaiewsky. Vitor Ramil, Nei Lisboa, Cláudio Levitan, os coros Jovem e Sinfônico da Ospa, a Escola de Samba Imperatriz Dona Leopoldina e a dançarina Gabriella Castro participaram do evento da Ospa, que foi um sucesso de público. Para dar continuidade às montagens operísticas anuais, a Ospa encenou a opereta “A Viúva Alegre”, de Franz Lehár. Mais uma vez, a orquestra e o maestro Evandro Matté ocuparam o fosso do Theatro São Pedro, readequado por uma solicitação da Ospa em 2017, depois de mais de 30 anos sem ser utilizado. Foram três noites de apresentação com a direção cênica de William Pereira, que deu uma roupagem contemporânea ao espetáculo. No segundo semestre, uma homenagem às trilhas de filmes, realizada em evento duplo, foi prestigiada por mais de dois mil espectadores na Casa da Música da Ospa. A apresentação contou com a participação da Companhia Municipal de Dança de Porto, das cantoras Anaadi e Gabrielle Fleck, do cantor Panta, da dançarina Gabriela Castro e do guitarrista Rafa Schuler. A Ospa também cruzou fronteiras municipais e estaduais durante o ano de 2018. Com a Série Interior, a orquestra visitou diversas cidades gaúchas com concertos gratuitos e levou música de qualidade para milhares de pessoas. Em julho, a sinfônica se apresentou na Sala São Paulo durante o Festival de Inverno de Campos de Jordão, consagrado evento de música de concerto do país. De volta a Porto Alegre, dois espetáculos especiais encerraram a Temporada 2018 na Casa da Música da Ospa. Ao lado do seu Coro Sinfônico e de cantores líricos convidados, a Ospa interpretou a emblemática “Sinfonia Nº 9 em Ré menor, Op. 125 – Coral”, de Beethoven, em dois dias de concertos com a casa lotada. Por fim, o concerto que finalizou as atividades celebrou também a abertura do Porto Verão Alegre e contou com a presença do acordeonista Renato Borghetti, da soprano Elisa Machado, do coral Expresso 25 e do Coro Sinfônico da Ospa. Ambas as apresentações tiveram regência do maestro Evandro Matté.  

A Escola de Música

Após 46 anos de atuação, a Escola de Música da Ospa protagonizou um marco histórico para a cultura do RS. Em agosto, inaugurou a sua nova casa, sediada no Palacete Santo Meneghetti, o Palacinho. Localizado na Avenida Cristóvão Colombo, o prédio foi tombado como Patrimônio Histórico e Cultural de Porto Alegre em 1996 e foi cedido em 2017 pelo Governo do Estado para a Fundação Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Fospa) através de uma articulação da Secretaria de Estado da Cultura, Turismo, Esporte e Lazer (Sedactel).  Com a nova sede, a Escola poderá atender a 400 alunos nos próximos anos. A quantidade de salas aumentou, passando de sete para quinze espaços. No futuro, o Conservatório ainda contará com espaço para café e auditório para as apresentações dos grupos formados pelos alunos da instituição, como o Coro Jovem, a Ospa Jovem e a Banda Sinfônica. O projeto “Escola da Ospa na Comunidade”, lançado em 2015 sob a coordenação de Diego Grendene de Souza, atual diretor da Escola, ganhou sequência e visitou 16 instituições: o Instituto de Cardiologia, Arquivo Público do Rio Grande do Sul, o Hospital de Clínicas, o Hospital da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), a Galeria Chaves, o Colégio São Luís de São Leopoldo, o SESI de Gravataí e a Escola São Francisco foram alguns dos locais que receberam as apresentações. As mais diferentes formações camerísticas se apresentaram nesses locais, para públicos que, em geral, não são os que frequentam as salas de concerto. Os grupos orquestrais e de música de câmara do conservatório, além do Coro Jovem, promoveram uma movimentada agenda de apresentações. A Ospa Jovem, orquestra da Escola, promoveu concertos em palcos tradicionais da Ospa, como a Casa da Música da orquestra, e em eventos como a Feira do Livro da cidade. A Camerata da Ospa Jovem também marcou presença em diversos locais da Capital e participou de iniciativas como os “Concertos de Natal" da Casa da Música Poa. A Série Recitais na Biblioteca, que leva a música dos estudantes avançados da instituição ao Salão Mourisco da Biblioteca Pública, parceira na realização da série,  completou a programação com três exibições neste ano.
OSPA - Orquestra Sinfônica de Porto Alegre